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Praxicursos - A prática ensina

Entrevista com Gabriela C. (oficial de chancelaria aprovada em 2016):

1. Como foi seu desempenho no concurso de 2016?

Honestamente, não me lembro bem, mas obtive 65 pontos na prova objetiva, 110 pontos na

discursiva e 57 pontos no curso de preparação. A minha classificação foi 58º ao final. Por isso

fui nomeada apenas em 2020.

2a. Como foi sua preparação para a prova de 2016? Você fez cursos? Quais?

Fiz o preparatório do Clio, do professor Todd Marshall, além dos simulados do Cursosofchan.

Assinei e lia também clipping CACD.

2b. Quando você começou a estudar, antes ou depois da publicação do edital? Quantas horas

você estudava por dia? Como era sua rotina de estudo?

Comecei a estudar antes da saída do edital, se não me engano, no início de 2015. Estudava em

média 8 horas por dia (incluindo as aulas a que assistia) durante a semana e fazia provas e

simulados nos fins de semana. Fiz um cronograma de estudos de modo que pudesse abarcar

todas as matérias e temas do concurso e revisar o máximo possível. Na elaboração do meu

plano de estudos, utilizei métodos aprendidos no curso “Como aprender mais rápido” da Arata

Academy, que havia feito anos antes. Alguns dos métodos que usei foi o pomodoro, exercícios

de fixação, com foco em provas anteriores da mesma instituição, retomada e continuação de

temas em no máximo dois dias (por exemplo, estudava contabilidade na segunda, na quarta e

na sexta), mapas mentais, entre outros. Diariamente, eu selecionava e lia as notícias do

Clipping para me manter informada. Nos domingos eu lia a Folha de São Paulo.

3. Quais foram os maiores desafios para você durante sua preparação? Você foi capaz de

identificar seus pontos fortes e fracos para a prova?

Acredito que meu maior desafio foi a questão psicológica, até porque eu já havia estudado e

prestado o CACD por três anos e estava com a autoestima bem abalada. Por isso busquei ajuda

de uma coach. Também me alimentava bem e tentava fazer exercício físico com regularidade.

As disciplinas de contabilidade e administração não eram meus pontos fortes, dessa forma

investi mais horas de estudos e muitos exercícios de fixação para contornar as dificuldades. Os

exercícios acabavam conferindoum caráter mais “gamificado” para o estudo também, rs. Eu

tinha facilidade com as disciplinas de língua, especialmente a portuguesa, e com o nível de

inglês exigido na prova. Tive que me conter para não dar enfoque demais nelas, porque achava

mais prazeroso estudá-las.

4. Qual foi a relevância do treinamento da Praxicursos (na época, Cursosofchan) na sua

preparação para a prova? Em outras palavras, em que medida o curso ou os simulados

podem ter contribuído para sua aprovação?

Para mim foram fundamentais para que eu fizesse as provas com mais segurança e realmente

mais preparada para o que seria demandado. É muito importante simular a situação de prova

com o máximo de verossimilhança possível para que, no dia da prova, o corpo e a mente

estejam mais focados e habituados à situação. Eu me lembro de que uma das questões da

prova foi muito parecida com uma que havia feito do simulado. E, em geral, as questões

trabalhadas antes dialogaram muito com a prova do concurso. É muito importante também se

submeter a correções prévias à prova para seja possível lapidar a escrita para o que a banca

deseja.

5. Qual seu sentimento sobre a carreira e as atribuições do ofchan hoje em dia? Valeu a pena

o esforço do estudo? O que há de bom e de ruim em ser ofchan?

Trabalho na SERE na mesma divisão, desde que tomei posse no Ministério, em meio à

pandemia do coronavírus. Trato de diversas questões relacionadas à contratação de pessoal no

exterior, como envio de recursos, levantamentos de informações sobre casos específicos,

elaboração de estudos para reajustes, análise de contratos, regularização previdenciária de


locais impedidos de contribuir com a previdência local, entre outras. São muitas as demandas e

muito trabalho.

Tive apenas uma experiência de missão no exterior, que foi bastante enriquecedora pessoal e

profissionalmente e à qual sou muito grata. Lá trabalhei principalmente com processo seletivo

de auxiliares locais e de compras de materiais e equipamentos, com elaboração de edital de

licitação. Mas sei, pelo relato de colegas, que há muitas possibilidades, como trabalho no

arquivo, comunicações, atendimento consular, entre outras. As atribuições dos ofchans são

múltiplas, e é necessário buscar conhecimento em várias áreas, além de ser flexível.

Para mim, valeu, sim, o esforço. Nessa trajetória no MRE, relacionei-me com pessoas

interessantes, tive experiências que me fizeram crescer e momentos em que senti que pude

contribuir de alguma forma. Há pontos positivos e negativos, como em toda escolha

profissional. É muito bom ter uma segurança financeira, por exemplo, que o serviço público

proporciona. Além disso, e mais importante, a possibilidade de vivência no exterior, com tudo o

que isso implica, parece-me a melhor vantagem em ser ofchan (em comparação a carreiras

fora do SEB). Quanto aos aspectos negativos, acho que se aplicam de um modo geral ao serviço

público: muitos processos poderiam ser mais eficientes. Além disso, comparando com outras

carreiras do serviço público de nível superior, e considerando o custo de vida em Brasília, além

das atribuições dos ofchans, a remuneração poderia ser melhor. Acredito também que a

carreira poderia ser mais valorizada, com a possibilidade, por exemplo, de ocupação de cargos

de chefia nas áreas administrativas, com base em mérito.

6. Quais as dicas e recomendações que você daria aos candidatos que se preparam para o

próximo concurso para ofchan?

Com base na minha experiência, eu sugeriria a elaboração de um bom plano de estudos, com

métodos eficazes (o que vai variar segundo o perfil de cada um) e enfoque em provas

anteriores, não só dos concursos para adminssão de ofchans, mas também de bancas que já

realizaram esses concursos, buscando ajuda, se preciso, de profissionais competentes

(professores, cursos, coaches, entre outros). Isso numa rotina que proporcione equilíbrio entre

o objetivo de passar no certame e o cuidado com as outras dimensões da vida.


Entrevista com Felipe S.. (oficial de chancelaria aprovado em 2016):

1.    Como foi seu desempenho no concurso de 2016?

Meu desempenho foi bastante estável. Passei para a segunda fase em 22º e devo ter ficado em 24º ou 25º na colocação final.


2.    Como foi sua preparação para a prova de 2016? Você fez cursos? Quais?

Fiz diversos cursos, principalmente de matérias que não estavam muito no meu radar quando estudei para outros concursos, tais como raciocínio lógico, contabilidade e redação em inglês. Preferi cursos a distância (em PDF ou videoaulas), mais voltados para a prática do que para a teoria.


3.    Quando você começou a estudar, antes ou depois da publicação do edital? Quantas horas você estudava por dia? Como era sua rotina de estudo?

Eu comecei a estudar depois que o edital foi publicado, porque, até então, eu não sabia da existência da carreira de Oficial de Chancelaria. Eu estudava de 6 a 8 horas por dia. Isso idealmente, porque eu trabalhava e fazia mestrado na época, então alguns dias eram mais produtivos do que outros.


4.    Quais foram os maiores desafios para você durante sua preparação? Você foi capaz de identificar seus pontos fortes e fracos para a prova?

Meu maior desafio, sem dúvida, foi conciliar a rotina de trabalho e mestrado com o estudo para concurso. Desde cedo, eu percebi quais matérias precisavam da minha atenção e quais não eram prioritárias, seja porque eu já tinha estudado os assuntos antes, seja porque a chance de erro era menor. 

Como a banca era FGV, e eu tinha muita dificuldade com as questões de português da FGV, preferi investir tempo de estudo em outras matérias. Não importava o quanto eu estudasse português, eu não conseguia aumentar meus acertos. Minha estratégia foi, então, diminuir a chance de erro em raciocínio lógico e contabilidade.


5.    Qual foi a relevância do treinamento da Praxicursos (na época, Cursosofchan) na sua preparação para a prova? Em outras palavras, em que medida o curso ou os simulados podem ter contribuído para sua aprovação?

Os cursos foram muito importantes. Eu não conhecia a banca e não fazia ideia de como seria a prova. Ter uma rotina de escrita em inglês e receber feedbacks foi essencial para pegar ritmo e treinar, principalmente, o tempo que eu levaria para organizar as ideias e desenvolver os textos, sobretudo em idioma estrangeiro.


6.    Qual seu sentimento sobre a carreira e as atribuições do ofchan hoje em dia? Valeu a pena o esforço do estudo? O que há de bom e de ruim em ser ofchan?

Eu me sinto muito feliz com a escolha que fiz. Passar no concurso de Ofchan tem sido muito engrandecedor, pois me permitiu desenvolver diversos aspectos da minha vida pessoal, conhecer pessoas interessantes e viajar por locais que eu, sem dúvida, não conheceria se não fosse o Itamaraty.

O lado bom da carreira são as pessoas que você conhece e os lugares que você visita. Você passa a trabalhar com colegas de diversas áreas, que já moraram em vários locais. No exterior, você convive com pessoas que falam outros idiomas e vêm de outros cenários culturais. Isso, sem dúvida, alarga sua visão de mundo, tornando-a muito mais cosmopolita.

Algo ingrato é a distância dos seus amigos e familiares. Ter amigos ao redor do mundo implica não poder se reunir com eles sempre. Estar a milhares de quilômetros de distância pode significar não estar presente a eventos familiares importantes. 

7.    Quais as dicas e recomendações que você daria aos candidatos que se preparam para o próximo concurso para ofchan?

Trabalhar no Itamaraty é, sem dúvidas, uma experiência única. É possível morar em Brasília e ter uma rotina parecida com a das demais repartições públicas. É possível também morar no exterior por períodos curtos ou longos. Recomendo, nesse sentido, que o candidato tente se ver nessa dinâmica de morar fora e como isso pode impactar seu estilo de vida (por exemplo, se for um casal homoafetivo, uma família com filhos em idade escolar etc.).

Caso tudo isso seja para você, comece a preparação o quanto antes! Principalmente naquelas matérias que não se aprendem rapidamente, tais como a redação em inglês. A técnica e o ritmo de produzir textos em língua estrangeira precisam ser treinados repetidamente, e esse aprendizado não é algo que se memoriza ou se internaliza em pouco tempo.


Entrevista com Tainah G. (oficial de chancelaria aprovada em 2016):

Fui aluna do Professor Bulhões e obtive minha aprovação no concurso para Oficial de Chancelaria de 2016. 
Sou formada em Letras pela Universidade de Brasília e concordo com a afirmação do Prof. Eduardo Bulhões de que a parte de línguas (português e inglês) é o maior desafio a ser vencido pelos candidatos. Para me preparar, resolvi ao menos 20 provas de português e outras tantas de inglês. A banca FGV é conhecida por ter provas de português desafiadoras, cobrando conhecimentos avançados de análise sintática. Achei a prova de 2016 bastante sofisticada, principalmente nas questões de interpretação de texto.  
Para me preparar para os redações em inglês e português que cairiam na prova, fiz a escolha certeira de contratar o curso com o Prof. Bulhões. Como simulado, fiz um total de 16 redações com temas indicados pelo professor e por ele depois corrigidas. Apesar de ser fluente em ambas as línguas, esta competência apenas não teria sido suficiente para que eu passasse na prova. A prática semanal de redigir um texto foi essencial para que eu melhorasse meu estilo, fazendo melhores escolhas de vocabulário e ganhando velocidade na escrita. O exercício de escrever textos à mão (e não digitados) é uma adestramento que deve ser feito muitas vezes antes de se encarar as 30 linhas da prova. O tempo disponível é exíguo e as ideias a serem desenvolvidas devem ser sintetizadas ao máximo, sem dar lugar à fuga de tema.  
Hoje, estou muito satisfeita de ser funcionária do Ministério das Relações Exteriores e não poderia estar mais contente em ser uma Oficial de Chancelaria.


Entrevista com Elaise L. (oficial de chancelaria aprovada em 2016): (Elaise usou um teclado francês, por isso a falta de acentos)

1. Como foi seu desempenho no concurso de 2016?

Na primeira fase, nao fiquei tao bem classificada, mas consegui ficar dentre os 600 candidatos que teriam a prova escrita de portugues e ingles corrigida. O grande "salto" na minha classificacao se deu justamente nas provas dissertativas de linguas da segunda fase.

2.Como foi sua preparação para a prova de 2016? Você fez cursos? Quais?

Para a primeira fase, fiz cursinho online de contabilidade, do estrategia concursos, pois era a unica matéria da qual eu nao tinha nenhum conhecimento prévio (sou formada em direito). Era um curso gravado, com material de apoio, o que me exigiu um certo autodidatismo. Com relacao às demais materias, eu foquei em ler materiais de revisao e, sobretudo, em resolver provas anteriores da banca. 

Para a segunda fase, eu decidi que buscaria um professor para corrigir minhas redacoes, sobretudo as de ingles. Apesar de sempre ter gostado de estudar ingles, eu nunca tinha morado em pais de lingua inglesa e nao me sentia preparada para a prova. Por isso, decidi fazer seu curso, em razao da sua experiencia prévia com o concurso de oficial de chancelaria e da formacao em letras. Alem disso, fiz aulas particulares com um professor de ingles da casa de cultura inglesa da Universidade Federal do Ceara, tambem voltadas para a prova dissertativa de ingles, com foco na revisao de aspectos gramaticais tendo por base minhas redacoes. 

3.Quando você começou a estudar, antes ou depois da publicação do edital? Quantas horas você estudava por dia? Como era sua rotina de estudo?

Comecei minha preparacao a partir da publicacao do edital. Quando o edital foi publicado em novembro de 2015, avisei à minha antiga empresa que pediria demissao para me preparar para o concurso. Depois de 1 mes de aviso prévio, comecei efetivamente a preparacao diaria, 5 semanas antes do dia da prova. Fiz um plano de estudos que coubesse em 5 semanas e estudava o dia inteiro (minimo de 8h) em uma biblioteca. Procurava estudar 1 hora direto sem interrupcao e fazia pausas cronometradas de 5 minutos. No meio do dia, havia uma pausa maior para o almoco.

4.Quais foram os maiores desafios para você durante sua preparação? Você foi capaz de identificar seus pontos fortes e fracos para a prova?

O maior desafio foi encaixar o edital no meu cronograma curto. Deliberadamente fiz a escolha de nao estudar raciocinio logico, quando percebi que eu ja nao lembrava de varios conceitos da epoca da escola e que nao haveria tempo habil para aprender. Eu sabia que, mesmo sem estudar, era provavel que eu acertasse algumas questoes com base no senso comum. De fato, fiz 8 de 10 questoes.

Meus pontos fortes foram direito, em virtude de minha formacao, e as provas dissertativas de portugues e ingles. Foi graças à segunda fase que consegui ser classificada para o curso de formacao dentro das 60 vagas do concurso. Meu ponto fraco certamente foi contabilidade, pois o tempo de preparacao foi muito curto para absorver o conteudo, e a metodologia do curso que fiz (aulas gravadas) nao permitia que eu dirimisse minhas duvidas. De fato, meu pior desempenho na primeira fase foi em contabilidade.

5.Qual foi a relevância do treinamento da Praxicursos (na época, Cursosofchan) na sua preparação para a prova? Em outras palavras, em que medida o curso ou os simulados podem ter contribuído para sua aprovação?

Certamente, ter realizado o treinamento da Praxicursos foi essencial. O curso me permitiu ganhar desenvoltura na escrita e me sentir segura para a prova. Eh importantissimo ter as redacoes corrigidas por alguem experiente. O curso tambem permitiu que eu ganhasse vocabulario e tivesse contato com textos e assuntos que poderiam aparecer na prova.

6.Qual seu sentimento sobre a carreira e as atribuições do ofchan hoje em dia? Valeu a pena o esforço do estudo? O que há de bom e de ruim em ser ofchan?
Sem duvidas tomei a decisao acertada ao pedir demissao para me preparar para o concurso. Trabalhava como advogada na época e, apesar de ter boas perspectivas de crescimento dentro do escritorio, nao me agradava a ideia de ter a mesma rotina todos os dias o tempo inteiro. 
Ser ofchan nos possibilita mudar de area de atuacao, de chefia, de cidade e ate mesmo de pais sempre que quiser, dentro das regras especificas da carreira, naturalmente. Desde 2017, quando ingressei no MRE, fiz trabalhos muitos diferentes e todos gratificantes: primeiro na Agencia Brasileira de Cooperacao, onde cuidava de projetos de cooperacao entre America Larina e Uniao Europeia, o que me proporcionou algumas viagens e muito aprendizado; depois como coordenadora de legislacao de pessoal no Departamento do Serviço Exterior, experiencia na area juridica que bastante me agradou; e, atualmente, como chefe do setor de administracao do recém reaberto Consulado-Geral do Brasil em Marselha, um trabalho desafiante por se tratar da instalacao de um novo consulado do zero, mas intensamente gratificante.
A carreira de ofchan ainda enfrenta desafios a serem vencidos, como a valorizacao salarial no Brasil, com a necessaria reestruturacao do plano de carreira, a destinacao de mais cargos em comissao e funcoes de confianca para ofchans na Secretaria de Estado e a realizacao de concursos com maior frequencia, a fim de diminuir o gravde deficit de servidores da carreira do MRE, deficit que contribui para a sobrecarga de trabalho em Brasilia e grande parte dos postos.
7.Quais as dicas e recomendações que você daria aos candidatos que se preparam para o próximo concurso para ofchan?

A principal dica é realizar um planejamento de estudos realista e segui-lo à risca; identificar os pontos fortes e fracos; procurar cursinhos e materiais especificos nas materias em que tiver mais dificuldade; resolver provas anteriores da banca; deixar a leitura da legislacao especifica para os dias que antecederem a prova, a fim de que os detalhes da lei estejam frescos na memoria; e, sobretudo, treinar BASTANTE redacao, de preferencia com a ajuda de professor experiente; na prova escrita, adotar linguagem simples e direta, sem floreios (o importante é nao errar!).

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